21 setembro 2009

E aí galera, ando muito sem tempo pra variar um pouquinho... mas vamos la falar das doideras dessa vida!

''Ofereço essa crônica a todos aqueles que, como eu, andam desiludidos com o Natal e feriados do tipo''




E toda a data comemorativa é a mesma coisa, eu e minha mãe na cozinha fazendo verdadeiros malabarismos com o chocolate para dar alegria aqueles desesperados que sempre compram os presentes de ultima hora, enfim, estávamos no fim da missão de fazer sextas de natal recheadas de deliciosas truffas feitas por nós mesmas e depois todas as embalagens com os diferentes estilos de lacinhos e “fru-fru’s” .
Ante véspera de Natal, calor, estávamos na reta final quando olhos curiosos na janela da sala nos tiram o foco do que estávamos fazendo. Era uma menina, mais ou menos uns 8 anos, com olhos brilhantes, cara de curiosidade e mãos sujas de terra do play ground.
Fui logo questionar o que aqueles olhos espigados estavam querendo na minha janela quando recebo como resposta uma pergunta inusitada:

-Vocês são ajudantes do papai noel?
Com um certo receio e não querendo desapontá-la respondi que sim e querendo me ver livre de mais perguntas disse que tínhamos muitos presentes para entregar, e estávamos muito ocupadas, mas, como se não bastasse, continuou:

-E vocês levam uma carta minha pra ele?
Ainda com pressa respondi que sim e a menina saiu correndo para providenciar a carta ao papai noel. A noite ao ,terminar minhas encomendas, refletia sobre a menina, a carta e todos os seus sonhos escritos nela, pensei em o que eu escreveria para o papai noel no caso de ele existir, primeiro pediria uma volta nas renas mágicas, depois iria experimentar descer pela chaminé, largar os presentes na arvore e sair sem fazer nenhum barulho e sem ser notado. Obviamente que eu estava fantasiando, então fui dormir inspirada pelo espírito natalino.
No outro dia, véspera de Natal, recebi a carta, a menina só entregou e saiu correndo pelos corredores cantarolando alguma coisa, eu larguei a carta na mesa e fui cuidar da seia. Meia noite, empolgada pela emoção da festividade, resolvi ler a carta, ler os inocentes sonhos da menina, o que seria? As renas?
Abri cuidadosamente, ao ler quase cai para trás, na carta havia muito menos que os sonhos que eu havia imaginado, havia menos do que eu esperava de um sentimento infantil e inocente de Natal, na carta havia apenas uma palavra: BONECA!